14/02
Hospital, Hemominas e MG Transplantes se unem em busca de doadores compatíveis
Natália Arruda*
O evento vai ser realizado no Hospital e terá uma tenda em frente à capela, onde a divulgação e coleta dos dados serão feitas. A coleta de sangue será realizada na sala de Humanização da SCMJF (na entrada da portaria principal).
Qualquer pessoa entre 18 e 54 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Roberta Teixeira Prado, enfermeira responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Orgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) explica que para se cadastrar, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. “Vale ressaltar que os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante”. Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares para realizar a doação. Para o cadastro do doador é necessário documento oficial com foto. As pessoas que já possuem cadastro conseguem fazer alterações dos dados contidos nele (ex.: endereço), caso seja necessário.
A enfermeira disse que tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. “A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil! Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar”, explica Roberta Prado.
De acordo com o CIHDOTT, a doação começa a partir do momento que é retirada, pela veia, uma pequena quantidade de sangue e preenchida uma ficha com informações pessoais. O sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. O tipo de HLA será incluído no cadastro. Os dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários. Caso a compatibilidade for confirmada, o doador será consultado para confirmar se deseja realizar a doação e o atual estado de saúde será avaliado.
A Enfª Roberta explica que “é importante lembrar ao doador de medula óssea que deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME: (21) 3970-4100 / redome@inca.gov.br”.
Para a Enfª Roberta, o transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue. “A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo. Todos podem fazer sua parte”, afirma ela.
* Os textos são revisados por Michelle Cafiero