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Notícias

20/02/2025

#TBT: Quando a vida se renova

Por uma década, dona Márcia viveu entre sessões de hemodiálise e a esperança de um telefonema que mudaria sua vida. Moradora de Mar de Espanha – MG, ela nunca encontrou um doador compatível para realizar o transplante renal, mas sempre acreditou que tudo acontece na hora certa, no tempo de Deus.

Na véspera do nascimento de sua primeira neta, Esther, o destino – ou milagre, como prefere chamar- bateu à sua porta. O telefone tocou: havia um rim compatível para ela. O transplante aconteceria no dia seguinte, na Santa Casa de Juiz de Fora. “Amanhã não dá, minha neta vai nascer!”, disse no primeiro impulso. Mas, após conversar com a família, percebeu que essa era uma chance única.

E assim, no dia 30 de janeiro, dois renascimentos aconteceram simultaneamente. No mesmo horário em que a pequena Ester chegava ao mundo, sua avó recebia um novo rim. Mãe e filha, unidas por um laço que atravessa gerações, se encontraram na recuperação pós-anestésica do Centro Cirúrgico. O abraço que não puderam dar naquele instante foi substituído por um olhar cheio de significado.

No dia seguinte, ainda sem poder segurar a neta no colo por questões médicas, dona Márcia viu Esther pela tela do celular. As lágrimas que escorriam não eram de dor, mas de gratidão. Pelo presente da vida, pela força da família e pelo gesto de amor de um doador anônimo.

“A família que toma a decisão de doar os órgãos do seu ente querido não tem ideia da proporção desse ato para quem está na máquina de hemodiálise. Eu vou cuidar desse rim com muito carinho. Ele me deu a vida, esse doador está vivo em mim. Só o amor pode permitir uma coisa como essa.”

No fim, a espera de dez anos valeu a pena. No mesmo dia em que Ester conheceu o mundo, dona Márcia ganhou a chance de viver plenamente nele.